sábado, 27 de novembro de 2010

47 do segundo tempo

O jogo começou há quatro anos. No apito inicial, eu mal sabia ao certo em que time iria jogar. Mas, o tempo me diria isso. Já no início de 2007 as coisas começaram de ficar mais claras. Vieram as monitorias e os primeiros contatos com a pesquisa cientifica. Junto com elas, veio aquele que iria se tornar o meu “xodó” no mundo acadêmico: o rádio. Ai sim as lamparinas se acenderam de vez. Eu queria pesquisar radiojornalismo. Queria entender a sua história, suas mudanças e as possibilidades que as tecnologias já ofereceram e ainda viriam a oferecer ao meu “mocinho”. E assim se fez. O primeiro tempo terminou em agosto de 2010. Jogo empatado.

Depois da formatura muita coisa já aconteceu na minha vida. Voltei pra Campina, comecei uma nova faculdade e estudei. Estudei muito. Afinal, as seleções do mestrado estavam por vir, e pra mim, mestrado sempre foi um sonho. Os projetos e as leituras tiraram boa parte do meu sossego. Ao lado de uma suspeita de doença crônica, a preparação para as seleções causaram as olheiras facilmente visíveis na minha face. Fiz duas seleções. Na primeira, não tive o projeto selecionado e fui descartada já no inicio do processo. Na segunda, fiz uma prova, e fui mal. Alias, eu achava que tinha ido muito mal. A nota mínima era 7,0 e eu realmente sai da sala achando que não atingiria a média. Isso significava que meu sonho teria que ser adiado. Fui pro chão. Fiquei muito triste, sem perspectiva. Comecei uma busca por emprego, em qualquer canto do mundo, desde que pagasse as minhas contas. Pra mim, o jogo estava encerrado.

Quando o assunto é futebol, especialmente o “colorado”, sempre fui de acreditar até o apito final. Enquanto o juiz não pedia a bola, pra mim, ainda havia chances de virar o placar. Mas não consegui aplicar isso a situação do mestrado. Lamentei, chorei e adiei o sonho antes mesmo da divulgação da lista dos aprovados na primeira fase. Mas, pra minha surpresa, e pra surpresa de todas as pessoas que me rodeiam e que estavam torcendo por mim, a lista foi divulgada e o meu nome estava lá. Minha nota? 7,05. A pior nota na lista dos 23 sonhadores como eu. Mas, está lá. Fui escalada pra bater os pênaltis. O próximo passo será a entrevista, já marcada para a próxima sexta-feira, às 10h da manhã. O árbitro vai pedir a bola e encerrar o jogo no dia 07 de janeiro. Até lá, ficarei na expectativa. Mas, se ao final do jogo veio o empate, acho que posso acreditar que consigo converter o pênalti. E vocês, caros leitores, continuem na torcida. Depois vocês me ajudam a passar de fase e, daqui a algum tempo, a erguer a taça. Mas essa...só daqui a vários anos.

3 comentários:

  1. Agora só me falta entrar no mesmo jogo, mesmo que seja pela repescagem nada de tapetão que isso nao combina comigo! hehe
    E qt à torcida? hum... essa acho q até vuvuzela sai
    kkkkkkkkkkkk
    Beijos amor
    :**

    ResponderExcluir
  2. Céli, parabéns por tudo que tu conquistou até agora... e pode ter a certeza qe terão muitos amigos qe estarão torcendo! torcendo para qe converta o pênalti, hahá :P
    se cuida. beeijos.

    ResponderExcluir
  3. To na arquibancada da torcida organizada!!! Sempre torcendo por vc menina. Vc foi um grande exemplo para mim, de quem sabe onde quer chegar- e com toda certeza chegará! Saudades. Bjão

    ResponderExcluir