Impressões e opiniões sobre diferentes assuntos. Talvez um espaço pra desabafo, discussões ou um pouco de humor. O nome? É pq escrevo nas madrugadas que me sobram tempo e inspiração, normalmente entre um artigo e outro.
sábado, 19 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
Como é bom!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Fim do dia
Daquelas meio complicadas. Quando os dias não passam, o sono bate e a preguiça torna-se uma fiel companheira. A vontade de fazer qualquer coisa é quase inexistente. Os dias amanhecem mais cinzentos e parecem ter algo em torno de 300 horas. Já as noites, passam voando. Aliás, como gosto da tardinha e da noite! A hora que o sol se esconde traz o chimarrão e o papo “furado” na sacada ou ainda no gramado de casa. Traz as piadas, as constatações absurdas que só algumas pessoas conseguem fazer. Traz as gargalhadas mais gostosas, as discussões mais sérias e as mais descontraídas também. Traz idéias incríveis, soluções pros TCC’s que nos perseguem e traz a brisa leve que dá paz.
A noite é um pouco mais complicada. É a hora que da vontade de sair, andar, fazer festa, tomar um chimarrão nas arquibancadas da praça tentando cantar alguma coisa. Ou ainda tomar uma caipira de vodka barata (APUD DEVENS, 2009) ou uma polar no Fréo. É a hora que a saudade bate bem forte e que o desejo de ter por perto as pessoas que amamos se intensifica. É a hora que o cansaço chega forte também e traz consigo a vontade de largar tudo. Mas também é na noite que as energias se renovam seja dormindo ou num momento de descontração. Tipo...ouvir um jogo do Grêmio e Palmeiras na Gaúcha, ouvir uma musica conversando com os amigos, brincando de “colheita feliz”, tentando esquecer o TCC e os problemas que nos acompanham enquanto o sol espalha os seus raios. É a noite que converso com a família e a maioria das pessoas que são realmente essenciais nos meus dias. A noite é a hora do desabafo e das declarações. A noite, apesar da saudade, da vontade de sair pra rua e do cansaço, é sempre maravilhosa.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
60 minutos
-Pois é, hoje ta demais.
-Você vai pra onde?
-Pra Campina e a senhora?
-Vou pro Barreiro.
E assim começou o papo de uma hora no banco empoeirado da rodoviária de Palmeira.
Onibus chegam, onibus se vão. Pessoas passam, embarcam e desembarcam. Pessoas estranhas. Meninos que cantam. Conversas... Os auto-falantes se encarregam de sonorizar o ambiente. Malas, mochilas, sacolas, compras...Flores, muitas flores nas sacolas. Finados se aproxima. Onibus denovo, fiscais do DAER e calor, muito calor.
Entre a chegada de uns e saída de outros, a senhora ali do meu lado não para de falar e de contar histórias. Ela tem uma sobre cada assunto, sobre cada pessoa. Assim passaram-se 60 minutos, aqueles mesmos minutos que eu achei que levariam uma eternidade pra passar. Que bom! Enquanto escuto as suas histórias me pego pensando em como tem gente que fala pelos cotovelos. Pq fulano fez isso, em tal lugar era assim, o José (que eu não tenho a minima ideia de quem seja) disse que isso tudo aconteceu por culpa do vizinho...Credo!!!
Durante um assunto e outro ela enxuga sua face na camisa vermelha que veste. A camisa já está muito molhada. Não sei o que a leva a pensar que aquela peça de roupa seja capaz de absorver alguma gotícula de seu suor. O tempo passa depressa. O onibus com destino a Novo Barreiro encosta no box 09. Bem na nossa frente. A senhora papuda levanta-se e me estende a mão.
-Foi um prazer te conhecer. Me chamo Lurdes e voce?
Com um sorriso no rosto respondo o meu nome e desejo boa viagem pra ela que esteve em minha companhia na ultima hora. E foi aí a minha surpresa. Com os olhos aguados e o sorriso mais puro que já vi na minha vida Lurdes agradece a companhia e com a voz rouca me fala que são poucos os jovens que largam seus fones de ouvido para ouvir histórias de uma "velha". Me deu um abraço apertado, caminhou em direção ao onibus, entrou, sentou. E quando o onibus estava partindo, sorriu, abanou me fez ficar mais um tempo sentada no banco empoeirado da rodoviária pra escrever essas linhas.
sábado, 17 de outubro de 2009
As coisas simples
Ultimamente ando pensando muito sobre o que mudou na minha vida nos ultimos tres anos. Nas pessoas que passaram a fazer parte dos meus dias, naquelas que eu tanto amo, mas que a vida deu um jeito de me deixar um pouquinho mais longe e, ainda, naquelas que ja sairam da minha vida. Penso nas coisas que aprendi, nas que eu esqueci, como os passos de "lambada" que eu acreditava fazer na minha infância.
Há tres anos eu chorava por estar numa cidade onde eu não conhecia ninguem. Chorava por ficar sozinha num apartamento e chorava porque estava longe das pessoas que eu mais amo. Há tres anos, eu não fazia "vaquinhas" nos aniversário, eu não era tão fanática pelo Inter e eu não sabia o bem que um banho de chuva poderia me fazer. Eu nem imaginava que a faculdade pudesse passar tão rapido. Pra mim, parecia que seria uma eternidade. Eu nunca tinha parado pra observar a paz que o sorriso de uma criança pode nos trazer. Eu não sabia que cantar nas ruas, sem se preocupar com o que os outros estavam pensando, pudesse lavar uma alma. Nem imaginava que café me dava crises de riso e que eu precisaria dele pra virar madrugadas estudando. Eu não me preocupava com um papel de bala que eu jogasse no chão. Nem com um restinho de arroz que fosse pra lata de lixo. Hoje eu sei que esse arroz pode matar a fome de alguém.
Eu também não sabia que dava pra comer arroz, feijão e carne. Achava que sempre tinha que ter uma massa, batatinha, panquecas...Eu não sabia que viajar um dia inteiro pra que a tardinha eu pudesse ver uma cidade apontando entre as arvores era tão gratificante. Eu não conhecia Passo Fundo, Maringá, Chapada, Saldanha Marinho, Natal, Curitiba...Eu nunca tinha sido chamado de louca. Nunca tinha parado pra observar uma borboleta ou um beija-flor. Eu nunca tinha reparado que a bergamota do pé que tem lá em casa é bem melhor que a do mercado e nem que o pão caseiro da mãe era o melhor pão do mundo. Isso sem falar do churrasco do pai. Eu nunca tinha sentido tanto a falta dos meus irmãos. Nunca tinha admirado tanto a determinação do Roger e a alegria da Sana. Nunca tinha sentido tanta saudade.
Há tres anos, eu não valorizava tanto meia hora de chimarrão com as pessoas que gosto, ou amo. Eu não sabia que sentiria tanta falta do gramado da casa dos meus pais, ou da cama deles logo depois do almoço. Não sabia que sentiria tanto a falta dos amigos que fiz em Campina e hoje estão espalhados pelo país. E nem que as férias me deixariam morrendo de saudade dos amigos que fiz aqui.
Em 2006 eu tinha uma familia. Hoje eu tenho duas. E com tudo isso, o que mudou em mim? Mudou o valor que eu dou pra minha vida e para as pessoas que fazem parte dela. Mudou a vontade que eu tenho de viver. Mudou os olhos com que eu olho pra um pássaro, um filme ou uma criança de rua. Mudou o que o meu coração sente quando penso na minha vida. Mudou o conceito de amizade, de amor. Mudou o valor que eu dou pra um sorriso, um abraço, um beijo, um carinho ou uma saudade. Mudou o valor que dou a cada minuto da minha vida. Mudou a forma como eu vejo as coisas simples da vida, afinal...são elas que me fazem ser quem eu sou.
Há tres anos, eu achava que precisava de mil coisas pra ser feliz. Hoje, eu acho que só preciso estar viva. E com uma moedinha já me divirto um monte...huahauhaua
quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ontem mesmo eu conversava com um amigo sobre o quanto que eu aprendi a valorizar algumas coisas nos ultimos anos. Falei de dinheiro, familia, amigos, profissão, estudos...Mas hoje a lição do meu dia foi bem diferente. Aprendi a valorizar o meu dedo indicador esquerdo. Sim, parece besteira, mas quando ele não funciona bem, as coisas ficam muito mais dificeis.
Pois é...hoje, tentando cozinhar, cortei o dedo com uma lata. Doeu um monte. E foi ai que começaram os problemas. Como é dificil lavar roupas com o indicador esquerdo machucado! Lavar os cabelos, arrumar a cama, lavar louças, digitar os relatórios do tcc então....nem se comenta. Dificil demais. Tudo demora bem mais.
É por essas e outras que dizem que os pequenos detalhes mudam tanta coisa. Eu nunca imaginei que um dedo cortado fosse complicar o meu dia. Mas complicou. E voce nem imagina o quanto...
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Meia noite
É faz exatamente 40 minutos que desliguei o computador e quis escovar os dentes, mas antes que eu chegasse até a porta do quarto, quase me derrubaram. Definitivamente, estudantes não podem escovar os dentes a essa hora. Isso termina com minha noite, e com o meu sono também. Ter que controlar os meus passos dentro do lugar que deveria considerar um refugio é algo que termina com o humor e com o sorriso que normalmente levo no rosto. E o pior é que esse é só mais um capitulo de uma novela que ja começou tem mais de dois anos.
Mas, com tudo isso, acabo percebendo o tamanho da sorte que carrego comigo. Sorte por ter coragem e gritar o que passou pela minha cabeça diminuindo assim a minha raiva. Sorte por ter pessoas pras quais eu pude mandar uma mensagem de celular pra amenizar um pouco mais a sensação maldosa que tomava conta de mim e rir da situação. Sorte por ter certeza absoluta que não vou mudar meus hábitos pra agradar uma pessoa que não tem nada a ver com a minha vida. Sorte por não permitir que os julgamentos das outras pessoas interfira na minha forma de ver o mundo. Sorte por ter a certeza que assim que terminar esse texto e colocar minha cabeça no travesseiro, vou dormir tranquila porque uso as palavras como calmantes. E sorte porque amanhã vou acordar cedinho e vou ter coragem de ligar o secador de cabelos denovo as 07:30 da manhã, sem medo de cair por batidas de pessoas que, pra mim, não sabem o que fazem e nem imaginam o quanto eu as acho ínsuportáveis.
Boa noite.