Tem alguns dias que os veículos de comunicação do Brasil dividem-se em noticiar os acontecimentos da maior competição esportiva do mundo e os desastres ambientais nos estados de Alagoas e Pernambuco. Enquanto milhares de brasileiros voltam os seus olhares para as telas e acompanham jogo a jogo o que se passa na África, parte dos nossos conterrâneos cede o lugar nas suas próximas casas para a água que entra e leva tudo o que consegue. E muitas vezes ela consegue levar móveis, casas, sonhos e o trabalho de uma vida inteira.
Dezenas de brasileiros estão desabrigados. São pessoas que estão sem comida, sem teto, sem energia elétrica, sem água. A todo o momento chegam colchões, comida, roupas. A ajuda vem de diferentes estados brasileiros e campanhas são divulgadas a toda hora para que todos possam ajudar. É bom ver que o país, apesar de envolvido com a Copa do Mundo, ainda tira um tempo e um pouco de boa vontade pra “dar uma mão” a quem esta sem TV e sem energia pra assistir a um jogo.
Porém, nem tudo são flores. Enquanto a ajuda chega, a “faca é cravada”. Pense você numa situação parecida. Se coloque no lugar de quem não tem nada nesse momento. Muitos deles, não conseguiram salvar nem a esperança. A enchente não atingiu a todos, e quem ficou “livre dessa”, aproveita. Um pacote de velas custa R$5,00. 20 litros de água são vendidos por R$ 15,00 reais. Um absurdo!
Pense você assistindo a água entrar na sua casa, sentar no seu sofá e o seu vizinho te pedindo quinze reais pra fornecer um pouco de água potável pra você e pra sua família. Revoltante não é? É um oportunismo que me irrita. Eu não consigo entender o que leva as pessoas a agirem dessa maneira. É realmente de desanimar. É uma falta de humanidade que dói!
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